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sábado, 26 de setembro de 2009

BAIXO SÃO FRANCISCO GANHA REFORÇOS


Os 208 km da região do Baixo São Francisco, que compreende dez municípios alagoanos, terão maior fiscalização ambiental. O reforço nas atividades é resultante de convênio firmado entre os governos estadual e federal, que garantiu a concessão de três veículos para o monitoramento da região e a destinação de R$ 70 mil para financiar as ações ao longo do rio.

Nesta quinta-feira (24), o governador Teotonio Vilela Filho recebeu das mãos do representante da presidência do Ibama Victor Kaniak, as chaves dos veículos que vão circular de Piaçabuçu a Delmiro Gouveia, monitorando e atendendo as denúncias feitas por meio do telefone 0800 82 1523.

Teotonio Vilela salientou que seu governo é feito de parcerias e avaliou este convênio com o Ibama como de extrema importância por assegurar a preservação ambiental no Baixo São Francisco. “A parceria solidifica nossa ideia de desenvolvimento sustentável. Acredito que é possível alcançarmos o desenvolvimento econômico, respeitando o meio ambiente”, ressaltou o governador.

Segundo Kaniak, o Ibama pretende reforçar os trabalhos em conjunto entre estados e municípios para atuar de forma mais homogênea no combate ao desmatamento das matas ciliares e da poluição do Rio São Francisco. “Nossa intenção é revitalizar o rio e com este convênio, esse objetivo será alcançado mais rapidamente, intensificando as ações de fiscalização do governo federal”, destacou.

A diretora-presidente do Ibama em Alagoas, Sandra Menezes, explicou que as ações de fiscalização vão se basear no combate às queimadas nas matas ciliares, a piscicultura no lado sergipano do rio, o assoreamento e contra a poluição. Sandra Menezes ainda ressaltou que o monitoramento também compreende um trabalho de educação ambiental e de orientação aos infratores.

As viaturas entregues nesta quinta-feira serão distribuídas entre o Instituto do Meio Ambiente (IMA), Ibama e Batalhão de Policiamento Ambiental (BPA). De acordo com o presidente do IMA, Adriano Augusto de Araújo Jorge, duas viaturas ficarão com a fiscalização do órgão e atenderão mais rapidamente as denúncias feitas do 0800 82 1523.

Adriano Augusto ainda lembrou que outros equipamentos serão adquiridos para auxiliar na cobertura do Baixo São Francisco. “Por meio da base instalada na APA da Marituba, as ações terão um reforço ainda maior. Laptops, GPS e demais equipamentos vão mapear e varrer melhor a área”, frisou o diretor-presidente do IMA.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

DESMATAMENTO DA AMAZÔNIA CAI EM 46% EM UM ANO

Por: Paulenir Constâncio

O desmatamento na Amazônia registrou queda de 46% entre agosto de 2008 a julho de 2009 em relação ao mesmo período anterior. Os dados são do Sistema Deter - Detecção de Desmatamento em Tempo Real -, do Inpe, divulgados nesta terça-feira (1º/9). É o menor índice acumulado desde que o levantamento começou a ser feito em maio de 2004 e registra o corte raso e a degradação da floresta em áreas de 25 ha.
No mesmo período, o Ibama apreendeu cerca de 125 mil metros cúbicos de madeira, o que representa cerca de 1.000 caminhões carregados por mês, em operações em parceria com a Polícia Federal, Força Nacional, Exército e polícias ambientais estaduais. Segundo o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, a repressão ainda é responsável por cerca de 90% da queda nas taxas de desmatamento.
O ministro espera que em 2009, ações propositivas como o Macrozoneamento Ecológico-Econômico da Amazônia - previsto para ficar pronto em janeiro de 2010 -, a Operação Arco Verde Terra Legal - que já atendeu 146 mil pessoas em 26 dos 43 municípios que mais desmatam -, a entrada do Fundo Amazônia - financiando ações de preservação em outubro -, e a regularização fundiária passem a ter mais peso nas reduções de desmatamento.
Para ele, levar sustentabilidade às populações é melhor e mais eficaz que reprimir. Minc defende a necessidade de mostrar à população da Amazônia que ela pode tirar o sustento da floresta sem desmatar, mas reafirmou que o governo não abrirá mão do combate com rigor aos crimes ambientais.
Em um ano, o Ibama apreendeu 62 barcos, 237 caminhões e 44 tratores e a Polícia Federal abriu 650 inquéritos e efetuou 298 prisões. Para Minc, os números são a prova de que, além da repressão aos crimes, as autoridades estão demonstrando disposição em combater a impunidade.
O mês de julho, que historicamente sempre apresenta números de desmatamento elevados, registrou um aumento de 160% na área desmatada, se comparada ao mesmo mês do ano anterior. De cerca de 323 Km² em 2008, a área desmatada saltou para 836 Km² em 2009. A cobertura de nuvens, que impede a detecção dos satélites, ficou em apenas 23% em julho, enquanto que no trimestre anterior chegou a registrar até 88% de cobertura.
Segundo a Coordenação de Monitoramento do Desmatamento do Ibama, o resultado de julho é consequência da captação de áreas desmatadas em abril, maio e junho acumulados. A área nublada no mês de junho de 2007 foi bem próxima à deste ano, mas nos meses anteriores, o Deter captou desmatamentos em áreas de 1.123 , 1.096 e 870 Km², respectivamente, contra apenas 18, 37 e 123 Km² este ano, com céu encoberto.
Para Carlos Minc, os números de julho não surpreendem, já que na prática captaram áreas cobertas pelas nuvens, que foram desmatadas nos meses anteriores. Os dados do Deter, segundo explica, são reforçados pela pesquisa do Imazon, ONG que atua na Amazônia e utiliza em sua pesquisa dados dos mesmos satélites, que registrou uma queda de 65% no índice.
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