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terça-feira, 18 de maio de 2010

COMUNIDADES RIBEIRINHAS RECEBEM CURSO DE FORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Mais de 60 líderes ribeirinhos do baixo São Francisco (Sergipe/Alagoas) junto com estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) iniciaram hoje (18/5) o primeiro Curso de Extensão para Formação Socioambiental de Comunidades Ribeirinhas do Baixo São Francisco. O curso será realizado na cidade de Penedo (AL) e pretende formar os participantes para que tenham noções sobre recuperação de áreas degradadas, lagoas marginais (berçários de peixes), e identificação de espécies invasoras.

Os participantes receberão também noções sobre educação ambiental e mobilização social e, ao final do curso, programado para quatro dias, os alunos vão apresentar as estratégias de ações de médio e longo prazos para fazerem parte do rol de atividades destinadas à revitalização do Rio São Francisco.

Além de informações específicas sobre a revitalização, os participantes terão apresentações sobre a cadeia produtiva para criação de abelhas nativas, alternativa de geração de emprego e renda para além da época do defeso e exibição de vídeos. As comunidades ribeirinhas se organizam ao longo das margens do São Francisco e sobrevivem de atividades como a pesca artesanal, mariscagem. Além do sustento diário, esses moradores têm no rio sua maior referência simbólica e cultural.

Como atividade extra-curso, os alunos farão visita ao Centro Integrado de Referência (CenIR), que é uma estrutura socioeducadora de convergência de ações para a revitalização. O Centro trabalha com a recuperação de áreas degradadas, turismo sustentável, zoneamento ecológico econômico, além de disseminar experiências exitosas da região.

O Curso de Extensão para Comunidades Ribeirnhas do Baixo São Francisco é apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos dos estados de Alagoas e Sergipe, prefeitura do município de Canindé do São Francisco (SE) e prefeitura de Penedo (AL)

Com informações da SHRU

domingo, 2 de maio de 2010

DESCOBERTA DO MAIOR AQUÍFERO DO MUNDO


Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgarão oficialmente na semana que vem a descoberta do que afirmam ser o maior aquífero do mundo. A imensa reserva subterrânea sob os Estados do Pará, Amazonas e Amapá tem o nome provisório de Aquífero Alter do Chão - em referência à cidade de mesmo nome, centro turístico perto de Santarém.

"Temos estudos pontuais e vários dados coletados ao longo de mais de 30 anos que nos permitem dizer que se trata da maior reserva de água doce subterrânea do planeta. É maior em espessura que o Aquífero Guarani, considerado pela comunidade científica o maior do mundo", assegura Milton Matta, geólogo da UFPA. A capacidade do aquífero não foi estabelecida. Os dados preliminares indicam que ele possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros. "É menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani."

Matta cita a porosidade da rocha em que a água está depositada como um dos indícios do potencial do reservatório. "A rocha é muito porosa, o que indica grande capacidade de reserva de água. Além do mais, a permeabilidade - a conexão entre os poros da rocha - também é grande."

Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva não terem sido mapeadas, sai do aquífero a água que abastece 100% de Santarém e quase toda Manaus. "A vazão dos poços perfurados na região do aquífero é outro indício de que sua reserva é muito grande", afirma Matta.

Para o geólogo Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a comparação com o Guarani é interessante como referência, mas complicada. "O Guarani é um aquífero extremamente importante para o Brasil e para a América Latina, mas não é o maior do mundo. Há pelo menos um aquífero, na Austrália, que é maior que o Guarani", contesta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo