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quarta-feira, 13 de outubro de 2010

PLANETA PERDEU 30% DE RECURSOS NATURAIS


"Ameaçada. Vista aérea da floresta amazônica, que ainda sofre com o desmatamento ilegal e a extinção de espécies nativas"

Em menos de 40 anos, o mundo perdeu 30% de sua biodiversidade. Nos países tropicais, contudo, a queda foi muito maior: atingiu 60% da fauna e flora original. Os dados são do Relatório Planeta Vivo 2010, publicado a cada dois anos pela organização não governamental WWF.

O relatório, cujas conclusões são consideradas alarmantes pelos ambientalistas, é produzido em parceria com a Sociedade Zoológica de Londres (ZSL, na sigla em inglês) e Global Footprint Network (GFN).

'Os países pobres, frequentemente tropicais, estão perdendo biodiversidade a uma velocidade muito alta', afirmou Jim Leape, diretor-geral da WWF Global. 'Enquanto isso, o mundo desenvolvido vive em um falso paraíso, movido a consumo excessivo e altas emissões de carbono.'

A biodiversidade é medida pelo Índice Planeta Vivo (IPV), que estuda a saúde de quase 8 mil populações de mais de 2,5 mil espécies desde 1970.

Até 2005, o IPV das áreas temperadas havia subido 6% - melhora atribuída à maior conservação da natureza, menor emissão de poluentes e melhor controle dos resíduos. Nas áreas tropicais, porém, o IPV caiu 60%. A maior queda foi nas populações de água doce: 70% das espécies desapareceram.

Consumo desenfreado. A demanda por recursos naturais também aumentou. Nas últimas cinco décadas, as emissões de carbono cresceram 11 vezes.

O relatório afirma que a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), formada por 33 países em geral desenvolvidos, são responsáveis por 40% da pegada de carbono global, e emitem cinco vezes mais carbono do que os países mais pobres.

Comparados a ela, os BRICs (grupo formado pelos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China) têm o dobro da população e uma menor emissão de carbono per capita. O problema, alerta o relatório, é se os BRICs seguirem no futuro o mesmo padrão de desenvolvimento e consumo da OCDE.

Índia e China, por exemplo, consomem duas vezes mais recursos naturais do que a natureza de seu território pode repor. Atualmente, os países utilizam, em média, 50% mais recursos naturais que o planeta pode suportar. Se os hábitos de consumo não mudarem, alerta o relatório, em 2030 se estará consumindo o equivalente a dois planetas.

Em resposta ao levantamento de 2008, a WWF elaborou um modelo de soluções climáticas, em que aponta seis ações concretas para reduzir as emissões de carbono e evitar maiores perdas de biodiversidade.

Entre elas, a organização aponta a necessidade de investir em eficiência energética, novas tecnologias para gerar energia com baixa emissão de carbono, adotar a política de redução da pegada de carbono e impedir a degradação florestal.

PARA LEMBRAR

De 18 a 29 deste mês acontece em Nagoya, no Japão, a 10ª Conferência das Partes da Organização das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica. Criada em 1992, no Rio de Janeiro, a convenção tinha como principal meta reduzir significativamente a perda de biodiversidade até 2010. As Nações Unidas até definiram 2010 como o Ano Internacional da Biodiversidade, mas os resultados ainda deixam muito a desejar. Apesar da meta estabelecida, o relatório mais recente da ONU mostra que o planeta perdeu um terço do estoque de seres vivos existente em 1970. O documento aponta como ameaçadas de extinção 42% das espécies de anfíbios do mundo e 40% das de aves - e estima em US$ 2 trilhões a US$ 4,5 trilhões o prejuízo mundial anual com desmatamento. Além da preservação da diversidade biológica mundial, outro tema deve ter destaque nas negociações: a repartição dos recursos oriundos da biodiversidade.

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

PARABÉNS RIO SÃO FRANCISCO!

Irati (e nasce o grande rio)

Segundo acreditavam os nativos do alto São Francisco, lá existiu uma índia: Irati, a bela filha da Serra da Canastra. Contam que sua beleza era tanta, que todos os animais das matas paravam para admirá-la. Certo dia, os tambores tocaram distante, chamando para a guerra os bravos guerreiros de Irati. E a pedido dela, desceram a serra rumo ao desconhecido e nunca mais voltaram.

IIrati passa a seguir-lhe os rastros diariamente, e nos campos pisoteados foi formando um caminho comprido, onde o mato não mais brotava e sobre...........de Irati e das árvores caiu o pranto do céu. Dias após dias, noites após noites as lágrimas caíram incessantes, gotejando sobre as pedras, deslizando-se enchendo as cavidades, avolumando-se, encachoeirando-se. Seguindo sempre adiante, impetuoso e incontido, cobrindo os buracos abertos no chão pelos pés dos bravos guerreiros. Foi do pranto de Irati, bela filha da Serra da Canastra que nasceu o rio São Francisco.”

terça-feira, 14 de setembro de 2010

INTEGRAÇÃO DE BACIAS PODE SER A SOLUÇÃO PARA REGIÕES SEMIÁRIDAS

A transposição de bacias e a conseqüente introdução de sistemas de regularização decorrente da administração de estoques e fluxos de água, como solução para regiões que sofrem com as secas, proporciona as ferramentas para desenvolvimento econômico e social e sustentabilidade ambiental. As transposições podem reduzir a incerteza da oferta hídrica, viabilizando investimentos.

Nesta quarta-feira (18/08), o painel “Transposição de Bacias em Regiões Semiáridas”, da Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas (ICID 2010), discutiu as necessidades que devem ser observadas nesses empreendimentos frente aos desafios da expansão econômica, sustentabilidade social e ambiental e mudanças climáticas.

O superintendente de Outorga e Fiscalização da Agência Nacional de Águas (ANA), Francisco Viana, apresentou as características do Projeto de Transposição do Rio São Francisco (Pisf). Segundo ele, a maior preocupação da ANA não é com relação ao volume de água transportado para o Nordeste Setentrional, mas com a solidez do arcabouço institucional que o empreendimento requer. “A grande questão é quem vai operar de maneira sustentável a transposição. Nunca houve uma preocupação com a oferta de água, que é mais do que suficiente”, disse.

O ciclo hidrológico está diretamente vinculado às mudanças de temperatura da atmosfera e ao balanço de radiação. Com o aquecimento da atmosfera, de acordo com o que sinalizam os estudos disponíveis, espera-se, entre outras conseqüências, mudanças nos padrões de precipitação (aumento na intensidade e variabilidade das chuvas), o que poderá afetar significativamente a disponibilidade e distribuição nos rios.

Em outras palavras, os eventos críticos, como secas e enchentes, poderão tornar-se mais freqüentes. Por isso, atenção especial deve ser dada às regiões semiáridas. As perspectivas de mudanças climáticas tornam as transposições ainda mais importantes, no entanto, aumentam a necessidades de planejá-las.

De acordo com Peter Van Nierck, especialista da África do Sul, além de integração e instituições, as regiões semiáridas precisam de planejamento. “É preciso planejar antes que os problemas aconteçam. É preciso incluir no planejamento, além de transposição, ações de dessalinização e reciclagem”, disse. O painel abordou ainda questões relacionadas à avaliação dos efeitos positivos e negativos das interligações nas bacias doadoras e nas bacias receptora e tecnologias que podem favorecer e garantir o desenvolvimento sustentável das áreas beneficiadas.

O Ministério da Integração Nacional está presente na ICID 2010 com ações como o Projeto São Francisco e de revitalização, além de outras atividades das Secretarias de Políticas de Desenvolvimento Regional (SDR) e de Programas Regionais (SPR), Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e Parnaíba (Codevasf).

Fonte: site da ANA e Ministério da Integração Nacional

ÁGUAS-VIVAS PARA GERAR ENERGIA SOLAR

Pesquisadores suecos descobriram como utilizar a proteína verde-fluorescente (GFP) das águas-vivas da espécie Aequorea victoria para gerar energia solar.

A proteína é injetada em um substrato de dióxido de silicone, entre dois eletrodos. Quando a luz ultravioleta incide sobre o circuito, a GFP absorve fótons e emite elétrons, gerando uma corrente elétrica.

Como fonte limpa de energia, eis aí uma boa solução. No entanto, é polêmica a decisão de utilizar animais para esse propósito. Os cientistas alegam que há, atualmente, uma superpopulação de águas-vivas – já que elas se reproduzem mais em oceanos com maior grau de toxidade e de acidez, como os que temos, atualmente, devido à alta concentração de carbono no planeta.

Para os pesquisadores, se usássemos o excesso de águas-vivas para produzir energia limpa, diminuiríamos as emissões de carbono e, consequentemente, conseguiríamos reequilibrar a vida nos oceanos.

Você acredita que, nesse caso, vale o uso de animais em experiências científicas?

segunda-feira, 30 de agosto de 2010

O MISTERIOSO MAR

Dois milhões seiscentos e noventa e oito mil e novecentas e sessenta e oito (2.698.968) espécies de plantas e animais. O número grandioso é parte dos resultado do maior Censo da Vida Marinha feito até os dias de hoje. Foi divulgado no dia 2 de agosto na edição on-line da Public Library of Science (PLoS ONE),. Um trabalho iniciado no ano 2000 e que só será finalizado em outubro deste ano, quando haverá em Londres o encontro para a apresentação dos projetos que reúnem cerca de 360 pesquisadores de todo o mundo.

As espécies estão divididas em 14 grupos que vão dos peixes a pequenos vermes, passando por esponjas, moluscos e crustáceos. Vinte e cinco áreas-chaves compõem a pesquisa. Austrália e Japão foram os dois primeiros países com o maior número em biodiversidade marinha atingindo um número de quase 33 mil registros. O Brasil ocupa o 13º lugar com cerca de 9 mil registros.

Os crustáceos, que incluem caranguejos, lagostas, lagostins, camarões e cracas, dominam as águas mundiais com 19% de índice, entre todas as espécies registradas. Em seguida estão os moluscos, como polvos, caracóis, lesmas, com 17 %. E só em terceiro lugar aparecem os peixes com 12% de representação da vida marinha catalogada.

Os números coletados representam a grande diversidade da vida debaixo das águas do planeta, mas a pesquisa ainda está incompleta. Os inventários de Madagascar, Indonésia e do Mar Arábico não foram enviados a tempo para esta publicação. Logo, esses números podem aumentar.

Muitas dúvidas

Apesar desse esforço de dez anos de trabalho o mar continua sendo um misterioso local para o ser humano. “Com esse tipo de resultado vemos um grande número de espécies que habitam debaixo d’água, mas percebemos que nosso conhecimento ainda é muito pequeno. Cerca de 70% da vida marinha está a mais de 3 mil, 4 mil metros de profundidade e ainda não se tem total conhecimento sobre essas regiões”, explica o pesquisador Dr. José Angel Alvarez Perez, da Universidade do Vale do Itajaí (Univali) e membro do Instituto Mar-Eco que também está na pesquisa do Censo da Vida Marinha.

O objetivo central do Censo da Vida Marinha é responder a pergunta: O que vive no oceano? E esse antigo questionamento tem razão de ser. “Precisávamos do censo urgentemente porque um conhecimento pequeno da taxonomia marinha impede que sejam descobertas e descritas novas espécies. E também temos que conhecer melhor aqueles que vivem debaixo d’água para evitar seu declínio”, afirma Mark Costello, um dos autores do censo e professor da universidade neozelandesa de Auckland.

Dados do Censo

- Os donos do mar são os crustáceos. Eles representam entre 22% e 35% das espécies marinhas do Brasil, do Alasca, da Antártica, da Califórnia, do Caribe e da Corrente de Humboldt, mas são apenas 10% da biodiversidade do Mar Báltico.

- Ainda há muito trabalho pela frente. O percentual de espécies ainda não descritas é estimado entre 39% e 58% na Antártica, 38% na África do Sul, 70% no Japão, 75% no Mediterrâneo e mais de 80% na Austrália.

- Mesmo as regiões menos diversas, como o Mar Báltico e o nordeste dos Estados Unidos, ainda têm 4 mil espécies desconhecidas. - O Mar Mediterrâneo é o local onde há mais espécies invasivas. São 600 aquelas que não são típicas daquele ambiente
Nova Família dos Crustáceos



Entre as descobertas há notícias boas e alertas para que o mar continue rico na sua biodiversidade. Como a ocorrida entre março e abril de 2005, numa expedição realizada que um bicho feio e cabeludo aumentou o número dos crustáceos conhecidos nas águas do planeta. A pesquisa foi coordenada pelo francês Michel Segonzac, cientista do Censo da Vida Marinha. O “Yeti Crab” (Kiwa hirsuta) não é só uma nova espécie de crustáceo, mas sim, uma nova família. Criado nas águas geladas no sul do Oceano Pacífico, do bicho peludo não se tinha conhecimento há trinta anos atrás quando começaram as explorações científicas na região. Ele pode ser assemelhado com caranguejos, lagostas e camarões, mas a falta de olhos e uma grande quantidade de pelos e cerdas revelam uma morfologia única. E não vai ser fácil conhecê-lo em superfície, o “Yeti Crab” foi observado e coletado a mais de 2 mil metros de profundidade. Ele se alimenta do tecido de mexilhões e segundo os cientistas no local onde esta nova família foi encontrada pode ser uma das poucas áreas de sua presença no fundo do mar.

Conservação dos corais

Em 2006, outro estudo revelou que a maioria dos recifes de corais do mundo estão sob ameaça por falta de proteção e conservação. O Future of Marine Animal Populations (FMAP), outro projeto do Censo da Vida Marinha, concluiu que dos 18,7% dos corais de recifes que vivem nas áreas marinhas protegidas no mundo, apenas 2% possuem adequada proteção para se prevenir contra a degradação. E eles creditam esse percentual a uma legislação insuficiente que possa defender os corais de práticas como turismo irresponsável, poluição, a caça e outros mecanismos de destruição desses animais. Com a população de corais de recife sob ameaça os pesquisadores apontam que a necessidade de manter cuidados apropriados nunca esteve tão urgente. Pela própria espécie e pelo meio bilhão de pessoas que no mundo todo desenvolvem atividades econômicas relacionadas aos recifes de coral. Esses animais também são importantes por abrigar em seu interior diversas outras espécies e ainda permitir a diversidade de alimentos para as mesmas.

Atum azul sobre ameaça

Um olhar para o passado tenta salvar o atum azul (Thunnus Thynnus) de desaparecer das águas que banham o continente europeu. Este peixe é uma espécie importante para o comércio na região e sua atividade pesqueira existe há pelo menos 100 anos. Um estudo History of Marine Animal Populations, de 2007, apontou que lá no norte da Europa a abundância do atum era enorme no início do século XX. E ainda na primeira metade do século, entre as décadas de 30 e 40, o comércio pesqueiro desta espécie passou a se industrializar, e aumento sensivelmente sua produção. A conclusão é triste. Já nos anos 70 era raro encontrar o atum azul nas águas do norte europeu. O alerta foi dado e os cientistas esperam que com esta medida possam gerar esforços futuros para que além do atum azul, outras espécies de peixes tenham a conservação que merecem para continuarem a nadar em seus habitats, sem o perigo da extinção.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

CINEMA NA VILA DA CULTURA

Oi galera,

Segue abaixo os filmes que serão exibidos no Cine Clube na vila da cultura.
Participem!
Abração e nos vemos lá.


Sábado 24/07/2010

Tarde

- amor além da vida
- o fabuloso destino de amélie poulain


Noite

- esc man (curta pauloafonsino)
- paulo afonso - um muro, duas cidades (curta pauloafonsino)
- baile perfumado

Domingo 25/07/2010

Tarde

- a corrente do bem
- o auto da compadecida

Noite

- esc man 2 – a nova ameaça (curta pauloafonsino)

- nós amamos vinil (curta diretor pauloafonsino)
- cinema paradiso
Segunda-Feira 26/07/2010

Manhã

- o rei leão

- estrada para a glória
Tarde

- coach carter (treino para a vida)

- conta comigo

Noite

- quinta feira 12
- dias de folclore (curta diretor pauloafonsino)
- busca (curta pauloafonsino)
- forrest gump (o contador de histórias)


Terça-Feira 27/07/2010

Manhã

- formiguinhas
- desafiando gigantes
- cine majestic

Tarde

- escola de rock
- cidade de Deus

Noite

- a cidade ou gato (curta pauloafonsino)

- escrituras urbanas (curta diretor pauloafonsino)

terça-feira, 20 de julho de 2010

PROGRAMAÇÃO DA EMANCIPAÇÃO DE PAULO AFONSO


Confira a programação da emancipação:

23/07 - Sexta-Feira - Abertura oficial dos festejos da emancipação política de Paulo Afonso - Centro de Cultura Lindinalva Cabral

19 h Grupo Dimenti (Salvador -BA) com apresentação do espetáculo teatral Batata

20h30com a apresentação da Camerata de Sergipe sob a regência do maestro Márcio Ferreira Rodrigues

24/07 - Sábado - Vila da Cultura

Das 14h às 24h - Oficinas de música, artes plásticas, espaço da criança, mostra de cinema, exposições, artesanato, shows com A Cor do Som e Gean Ramos e banda

25/07 - Domingo Vila da Cultura

A partir das 14h - Oficinas de música, artes plásticas, espaço da criança, mostra de cinema, exposições, artesanato

19:00h Espetáculo teatral O Sertão é Lindo (APDT).

Shows com 14 Bis e Duda Rodrigues e banda

26/07 - Segunda-Feira - Vila da Cultura

Das 14:00 às 24:00 - Oficinas de música, artes plásticas, espaço da criança, mostra de cinema, exposições, artesanato, apresentação do poeta popular Chico Pedrosa, show do Clã Brasil

27/07 - Terça-Feira - Vila da Cultura

Das 14:00 às 24:00 - Oficinas de música, artes plásticas, espaço da criança, mostra de cinema, exposições, artesanato, shows com Sérgio Chorão e banda

Show de José Augusto e banda Asas Livres (Espaço Lindinalva Cabral)

28/07 - Quarta-Feira

16:0h - DEsfile da Emancipação - Avenida Apolônio Sales

Vila da Cultura

Após o desfile cívico apresentações da nova geração musical pauloafonsina (bandas Retrôfonicos, Bem Dizer, Radar e outras)

OBS: Todos os dias no espaço Luiz Gonzaga se apresentarão Elias Nogueira, Enoque e outros nomes da música pauloafonsina

terça-feira, 18 de maio de 2010

COMUNIDADES RIBEIRINHAS RECEBEM CURSO DE FORMAÇÃO SOCIOAMBIENTAL

Mais de 60 líderes ribeirinhos do baixo São Francisco (Sergipe/Alagoas) junto com estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) iniciaram hoje (18/5) o primeiro Curso de Extensão para Formação Socioambiental de Comunidades Ribeirinhas do Baixo São Francisco. O curso será realizado na cidade de Penedo (AL) e pretende formar os participantes para que tenham noções sobre recuperação de áreas degradadas, lagoas marginais (berçários de peixes), e identificação de espécies invasoras.

Os participantes receberão também noções sobre educação ambiental e mobilização social e, ao final do curso, programado para quatro dias, os alunos vão apresentar as estratégias de ações de médio e longo prazos para fazerem parte do rol de atividades destinadas à revitalização do Rio São Francisco.

Além de informações específicas sobre a revitalização, os participantes terão apresentações sobre a cadeia produtiva para criação de abelhas nativas, alternativa de geração de emprego e renda para além da época do defeso e exibição de vídeos. As comunidades ribeirinhas se organizam ao longo das margens do São Francisco e sobrevivem de atividades como a pesca artesanal, mariscagem. Além do sustento diário, esses moradores têm no rio sua maior referência simbólica e cultural.

Como atividade extra-curso, os alunos farão visita ao Centro Integrado de Referência (CenIR), que é uma estrutura socioeducadora de convergência de ações para a revitalização. O Centro trabalha com a recuperação de áreas degradadas, turismo sustentável, zoneamento ecológico econômico, além de disseminar experiências exitosas da região.

O Curso de Extensão para Comunidades Ribeirnhas do Baixo São Francisco é apoiado pelo Ministério do Meio Ambiente em parceria com as secretarias de Meio Ambiente e Recursos Hídricos dos estados de Alagoas e Sergipe, prefeitura do município de Canindé do São Francisco (SE) e prefeitura de Penedo (AL)

Com informações da SHRU

domingo, 2 de maio de 2010

DESCOBERTA DO MAIOR AQUÍFERO DO MUNDO


Pesquisadores da Universidade Federal do Pará (UFPA) divulgarão oficialmente na semana que vem a descoberta do que afirmam ser o maior aquífero do mundo. A imensa reserva subterrânea sob os Estados do Pará, Amazonas e Amapá tem o nome provisório de Aquífero Alter do Chão - em referência à cidade de mesmo nome, centro turístico perto de Santarém.

"Temos estudos pontuais e vários dados coletados ao longo de mais de 30 anos que nos permitem dizer que se trata da maior reserva de água doce subterrânea do planeta. É maior em espessura que o Aquífero Guarani, considerado pela comunidade científica o maior do mundo", assegura Milton Matta, geólogo da UFPA. A capacidade do aquífero não foi estabelecida. Os dados preliminares indicam que ele possui uma área de 437,5 mil quilômetros quadrados e espessura média de 545 metros. "É menor em extensão, mas maior em espessura do que o Guarani."

Matta cita a porosidade da rocha em que a água está depositada como um dos indícios do potencial do reservatório. "A rocha é muito porosa, o que indica grande capacidade de reserva de água. Além do mais, a permeabilidade - a conexão entre os poros da rocha - também é grande."

Segundo ele, apesar de as dimensões da reserva não terem sido mapeadas, sai do aquífero a água que abastece 100% de Santarém e quase toda Manaus. "A vazão dos poços perfurados na região do aquífero é outro indício de que sua reserva é muito grande", afirma Matta.

Para o geólogo Ricardo Hirata, do Instituto de Geociências da Universidade de São Paulo, a comparação com o Guarani é interessante como referência, mas complicada. "O Guarani é um aquífero extremamente importante para o Brasil e para a América Latina, mas não é o maior do mundo. Há pelo menos um aquífero, na Austrália, que é maior que o Guarani", contesta.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo

domingo, 11 de abril de 2010

CONSELHOS ECOLÓGICOS DE PADRE CÍCERO

Ontem ao ler um livro me deparei com um texto que mostrava conselhos ecológicos de Padre Cícero Romão Batista, que ainda no século XX teve uma sensível percepção ecológica, e ensinou de uma maneira bem cultural do povo nordestino como cuidar de nossa Terra.

Eis aqui os mandamentos de Padre Cícero:

“1. Não derrube o mato, nem mesmo um só pé de pau;

2. Não toque fogo no roçado nem na caatinga;

3. Não cace mais e deixe os bichos viverem;

4. Não crie o boi nem o bode soltos; faça cercados e deixe o pasto descansar para se refazer;

5. Não plante em serra acima, nem faça roçado em ladeira muito em pé:” – isso é um caso que ajuda São Paulo – “deixe o mato protegendo a terra para que a água não a arraste e não se perca a sua riqueza;

6. Faça uma cisterna no oitão” – o pessoal do Rio Grande do Sul entende a linguagem do Rio Grande do Norte – “de sua casa para guardar água da chuva” – isso há mais de 100 anos;

7. Represe os riachos de cem em cem metros, ainda que seja com pedra solta;

8. Plante cada dia pelo menos um pé de algaroba, de caju, de sabiá ou outra árvore qualquer, até que o sertão todo seja uma mata só;

9. Aprenda a tirar proveito das plantas da caatinga, como a maniçoba, a favela e a jurema; elas podem ajudar a você a conviver com a seca;

10. Se o sertanejo obedecer a estes preceitos – era o Padre Cícero Romão Batista que dizia – a seca vai aos poucos se acabando, o gado melhorando e o povo terá sempre o que comer;

11. Mas, se não obedecer, dentro de pouco tempo o sertão todo vai virar um deserto só.

12. Quem desmata semeia o inferno na Terra.”

terça-feira, 30 de março de 2010

ÁGUA POLUÍDA MATA MAIS QUE VIOLÊNCIA

Água poluída mata mais que violência
O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.

A população mundial está poluindo os rios e oceanos com o despejo de milhões de toneladas de resíduos sólidos por dia, envenenando a vida marinha e espalhando doenças que matam milhões de crianças todo ano, disse a ONU.

“A quantidade de água suja significa que mais pessoas morrem hoje por causa da água poluída e contaminada do que por todas as formas de violência, inclusive as guerras”, disse o Programa do Meio Ambiente das Nações Unidas (Unep, na sigla em inglês).

Em um relatório intitulado “Água Doente”, lançado para o Dia Mundial da Água, o Unep afirmou que dois milhões de toneladas de resíduos, que contaminam cerca de dois bilhões de toneladas de água diariamente, causaram gigantescas “zonas mortas”, sufocando recifes de corais e peixes.

O resíduo é composto principalmente de esgoto, poluição industrial e pesticidas agrícolas e resíduos animais.

Segundo o relatório, a falta de água limpa mata 1,8 milhão de crianças com menos de 5 anos de idade anualmente. Grande parte do despejo de resíduos acontece nos países em desenvolvimento, que lançam 90% da água de esgoto sem tratamento.

A diarréia, principalmente causada pela água suja, mata cerca de 2,2 milhões de pessoas ao ano, segundo o relatório, e “mais de metade dos leitos de hospital no mundo é ocupada por pessoas com doenças ligadas à água contaminada.”

O relatório recomenda sistemas de reciclagem de água e projetos multimilionários para o tratamento de esgoto.

Também sugere a proteção de áreas de terras úmidas, que agem como processadores naturais do esgoto, e o uso de dejetos animais como fertilizantes.

“Se o mundo pretende sobreviver em um planeta de seis bilhões de pessoas, caminhando para mais de nove bilhões até 2050, precisamos nos tornar mais inteligentes sobre a administração de água de esgoto”, disse o diretor da Unep, Achim Steiner, “O esgoto está literalmente matando pessoas.

sexta-feira, 26 de março de 2010

1º INVENTÁRIO NACIONAL DE EMISSÕES ATMOSFÉRICAS POR VEÍCULOS AUTOMOTORES

O Ministério do Meio Ambiente divulgou nesta quinta-feira (25), no Rio de Janeiro, os resultados do 1º Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores. O documento mostra uma queda acentuada de certos poluentes, como o monóxido de carbono (CO) e o metano (CH4). Mas também aponta para a manutenção da curva de crescimento do principal responsável pelo aquecimento global: o dióxido de carbono (CO2).

Atualmente, os veículos que rodam nas estradas e ruas do país, sejam eles caminhões, carros ou motos, são responsáveis por cerca de 90% das emissões totais do setor de transportes. Eles representam cerca de 60% da movimentação de cargas e passageiros em todo país, segundo dados levantados pelo MMA.

“Mesmo em regiões populosas, onde há muitas indústrias, o transporte é o que mais impacta [o meio ambiente]”, explicou a secretária nacional de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Suzana Khan.

Em 2008 e 2009, os carros emitiram 39,1 milhões de toneladas de CO2, contra 18,7 milhões emitidos pelo transporte público. Quando considerado somente o CO, essa diferença é ainda maior: o transporte coletivo se mostrou 40 vezes mais limpo do que os carros. Isso levando em conta que, hoje, o número de pessoas transportadas por meios públicos é praticamente igual aos que se locomovem com seus próprios carros (16,8 bilhões/ano e 17 bilhões/ano, respectivamente).

Reportagem completa: www.oeco.com.br

segunda-feira, 22 de março de 2010

DIA MUNDIAL DAS ÁGUAS - 22 DE MARÇO

Água é fonte da vida. Não importa quem somos, o que fazemos, onde vivemos, nós dependemos dela para viver.

PLANETA ÁGUA
Guilherme Arantes

Água que nasce na fonte serena do mundo
E que abre um profundo grotão
Água que faz inocente riacho e deságua na corrente do ribeirão
Águas escuras dos rios que levam a fertilidade ao sertão
Águas que banham aldeias e matam a sede da população
Águas que caem das pedras no véu das cascatas, ronco de trovão
E depois dormem tranqüilas no leito dos lagos, no leito dos lagos
Água dos igarapés, onde Iara, a mãe d'água é misteriosa canção
Água que o sol evapora, pro céu vai embora, virar nuvem de algodão
Gotas de água da chuva, alegre arco-íris sobre a plantação
Gotas de água da chuva, tão tristes, são lágrimas na inundação
Águas que movem moinhos são as mesmas águas que encharcam o chão
E sempre voltam humildes pro fundo da terra, pro fundo da terra
Terra, planeta água (2x)
Terra, planeta á...gua

sexta-feira, 19 de março de 2010

CONSTRUÇÕES SOLARES

Em tempos de crise energética e busca por fontes renováveis de energia, a utilização da luz solar aparece como uma alternativa promissora para substituição dos combustíveis fósseis poluentes. Alguns países e empresas têm aproveitado a tecnologia de forma exagerada, no bom sentido. Conheça cinco das maiores estruturas do mundo que utilizam a energia proveniente do Sol, segundo o site Green Diary.

Maior prédio comercial

  Reprodução

A maior construção de todas é o edifício comercial que fica em Dezhou, no noroeste da China, inaugurado em novembro do ano passado. Os 75.000 m² da estrutura são baseados numa espécie de relógio de sol.

Uma matriz de 5.000 m² de painéis solares foi instalada no edifício. Ela é responsável por 95% da energia necessária para que prédio funcione. O complexo irá sediar o 4º Congresso Internacional de Cidades Solares, em setembro de 2010.

Maior embarcação
  Reprodução

O maior transporte aquático do mundo movido por energia solar é o PlanetSolar. Com 500 m² de painés solares, o navio é capaz de produzir 1000 watts de eletricidade por dia, o suficiente para suprir toda sua necessidade. A embarcação tem 31 metros de comprimento e 15 de largura, quando ancorado. Em alto-mar, os “flaps” responsáveis pela ampliação da área de painéis solares são abertos e ele chega a medir 35 x 23.

O objetivo dos fabricantes franceses é de dar a volta ao mundo com o Pla. Mas o barco fica parado durante a noite. A energia produzida a mais durante o dia é armazenada em baterias, que permitem que o navio de 58 toneladas continue sua jornada sem sol por até três dias, a uma velocidade de 18 km/h.

Maior campo solar

  Reprodução

A empresa de engenharia espanhola Abengoa construiu a maior central termosolar do mundo, a PS20, em Sevilha, na Espanha. Ela evita a emissão de cerca de 12 mil toneladas de CO2 e tem capacidade para abastecer 10 mil domicílios.

A planta é formada por um campo solar de heliostatos, conjunto de espelhos que se movem em dois eixos, mantendo sempre o reflexo do Sol incidindo sobre uma mesma área, para transformá-lo em energia. Ao todo, são 1.255 heliostatos, de 120 m² cada um, que irradiam a luz solar para uma torre de 165 metros.

Maior estádio

  Reprodução

A Toyo Ito Architects, empresa com sede no Japão, foi a primeira a cometer a façanha de construir um estádio de futebol que utiliza somente a energia solar. Construído na cidade de Kaohsiung, em Taiwan, para sediar o World Games 2009, o estádio de US$ 150 milhões comporta 55 mil torcedores.

Os 14.155 m² de telhado são cobertos por 8.844 painéis solares, que podem gerar 1,14 GWh de energia. Quando o estádio não está sendo usado, a energia solar é ligada à rede da rua e pode alimentar 80% da vizinhança. Para completar, ainda é bonito!

Maior árvore de natal

  Reprodução

A cidade de Brisbane, na Austrália, tem a maior árvore de natal movida a energia solar do mundo. Localizada na King George Square, ela possui 250 enfeites vermelhos e um sistema de iluminação composto de 16.000 lâmpadas!

Todo o sistema é alimentado por energia solar. Você deve estar se perguntando onde ficam os painéis solares. Eles estão á no topo da árvore de quase 22 metros. Existe forma melhor para um painel solar do que uma estrela?

quinta-feira, 18 de março de 2010

BARCO À BASE DE PLÁSTICO RECICLADO

plastik foi  feito com 12,5 mil garrafas de pl�tico recicladas e recuperadas
Plastik foi feito com 12,5 mil garrafas de plástico recicladas e recuperadas/Ilustração

Um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) inspirou a criação de um catamarã de 18 metros de comprimento feito com 12,5 mil garrafas de plástico recicladas e recuperadas.

O barco, batizado de Plastiki, deve deixar o porto de São Francisco, nos Estados Unidos, rumo à Sidney, na Austrália, no final de março.

Resíduos Plásticos

O catamarã foi elaborado com base no estudo ‘Ecossistemas e Biodiversidade em Águas Profundas e Alto Mar’, realizado pelo Pnuma há três anos.

O relatório mostra como a pesca predatória, a poluição e outros problemas como as mudanças climáticas afetam o mundo marinho.

O idealizador do projeto é o ambientalista britânico David de Rothschild, que também é considerado um dos ‘Heróis do Clima’ da agência da ONU.

Rothschild e equipe devem percorrer mais de 11 mil milhas náuticas, o equivalente a 20 mil Km, para alertar sobre a grande quantidade de resíduos plásticos nos oceanos.

Lixo Marinho

A ideia também é estimular iniciativas sobre como o lixo poder servir de fonte para soluções reais.

Segundo outro estudo recente do Pnuma, o plástico é o tipo mais perigoso de lixo marinho, responsável por 80% dos resíduos coletados nos oceanos.

quarta-feira, 17 de março de 2010

PRODUÇÃO DE BIODÍSEL COM VÍSCERAS DE TILÁPIA

Pioneiro nas pesquisas de produção de biodiesel com vísceras de tilápia, aFundação Núcleo de Tecnologia Industrial do Ceará (Nutec) deixa a faseinicial das descobertas sobre o novo combustível e transforma em projetosos resultados, alcançados pelo Laboratório de Referência em Biocombustível(Latrbio), para coleta, armazenamento e produção de biodiesel. Para oEngenheiro Químico, Mestre em Engenharia Civil e pesquisador do Nutec,Fernando Pedro Dias, a vantagem de se produzir biodiesel através dasvísceras de tilápia é que a utilização dos resíduos não servirá paraprodução de alimentos, pois o que está sendo usado é a parte do peixe queseria jogado fora. "Como muitos críticos viam com maus olhos a produção debiodiesel com sementes, como por exemplo, a soja, por acreditarem queassim estaríamos deixando de produzir alimentos para aumentar a produçãode combustível. As pesquisas com a tilápia surgem como alternativajustamente por utilizar a matéria-prima do peixe que não serve comoalimento" reforça Pedro.
A utilização dos biocombustíveis ganha espaço no cenário atual pelo fatode ser combustível limpo, renovável e menos poluente. A queima dobiodiesel é mais saudável para o meio ambiente já que é biodegradável,atóxico e libera menos componentes químicos que agridem e comprometem asaúde das pessoas e do meio em que vivemos. Outra característica favoráveldo biodiesel é que ele tem as propriedades físico-químicas semelhantes aodiesel de petróleo, logo pode ser usado diretamente em motoresconvencionais, necessitando de mínimas modificações para operar. Tambémpode ser usado puro ou em mistura, uma vez que se mistura facilmente com odiesel de petróleo.
Atualmente, o único obstáculo para a produção desse tipo de biodiesel é aaprovação do Projeto Biopeixe, para o financiamento da construção da usinapara extração do óleo das vísceras dos peixes dos açudes. Segundo oCoordenador do Larbio, Jackson Malveira, o projeto foi enviado ao Banco doNordeste do Brasil e está em fase de análise. O projeto vai financiar amontagem no Nutec de um modelo de extração de óleos de diversasmatérias-primas para a produção de biodiesel, que terá como subprodutoração alimentícia para animais.
Ainda segundo Malveira, o projeto também está aguardando recursos para serimplantado nas comunidades pesqueiras. Para que isso aconteça, a idéia foienviada para a Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), e estáaguardando um financiamento na ordem de R$ 500 mil para pesquisas emontagem de protótipo. Em contrapartida o Governo do Estado entrará commesmo valor para facilitar ainda mais o andamento do projeto.
Como surgiu
Jackson Malveira explica que o Laboratório de Referência emBiocombustíveis iniciou a pesquisa de biocombustível a partir das víscerasde peixe em resposta a uma demanda dos próprios piscicultores. "Quandocomeçou a criação de tilápia em tanques-redes no Açude Castanhão, surgiu oproblema de encontrar um destino para os resíduos do beneficiamento dopeixe (vísceras, amparas e nadadeiras), que, inicialmente, não tinham umautilidade para os produtores. Desde que tivemos essa solicitação dacomunidade estamos buscando a melhor maneira de fazer essa extração",destaca.As tilápias são os peixes mais cultivados no Brasil, correspondendo a 38%do total de peixes produzidos. O Ceará, se destaca por ser o maiorprodutor nacional de tilápia, o aproveitamento de resíduos de peixes, alémde fornecer matéria-prima relativamente barata, diminui o risco depoluição ambiental já que os resíduos gerados no beneficiamento acabam setornando fontes poluidoras, assim como uma alternativa para a inclusãosocial no Estado do Ceará.
Assessoria de Imprensa do Nutec

quarta-feira, 3 de março de 2010

DESMATAMENTO NA CAATINGA JÁ DESTRUIU METADE DA VEGETAÇÃO ORIGINAL

Considerado o único bioma exclusivamente brasileiro, a Caatinga possui atualmente metade de sua cobertura vegetal original. Em 2008, a vegetação remanescente da área era de 53,62%. Dados do monitoramento do desmatamento no bioma realizado entre 2002 e 2008 revelam que, neste período, o território devastado foi de 16.576 km2, o equivalente a 2% de toda a Caatinga. A taxa anual média de desmatamento na mesma época ficou em torno de 0,33% (2.763 km²).

Em entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (02/3) para divulgar os números deste levantamento, o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, disse que o índice é alto, considerando-se que a região é a mais vulnerável do País aos efeitos das mudanças climáticas, com forte tendência à desertificação.

De acordo com os dados do monitoramento, a principal causa da destruição da Caatinga deve-se à extração da mata nativa, que é convertida em lenha e carvão vegetal destinados principalmente aos pólos gesseiro e cerâmico do Nordeste e ao setor siderúrgico de Minas Gerais e do Espírito Santo. Outros fatores apontados foram as áreas criadas para biocombustíveis e pecuária bovina. O uso do carvão em indústrias de pequeno e médio porte e em residências também foi indicado.

"Para reverter a situação é importantíssimo pensarmos em uma matriz energética diferente para a região, como energia eólica, gás natural e pequenas centrais hidrelétricas", completou o ministro. Dentre as ações de mitigação previstas, estão a recuperação de solos e micro-bacias, o reflorestamento e as linhas de crédito para combate à desertificação.

Carlos Minc revelou que o Banco do Nordeste estuda a criação do Fundo Caatinga, e que o Banco do Brasil tem a intenção de implementar o Fundo contra a Desertificação. O MMA pretende destinar ao Nordeste cerca de R$500 milhões oriundos do Pré- Sal para o Fundo Clima. O Ibama já planeja 25 grandes operações de combate ao desmatamento e ao carvão vegetal ilegal na região, que devem ocorrer simultaneamente a partir deste mês.

Área

Com uma área total de 826.411 km², a Caatinga está presente nos estados da Bahia, Ceará, Piauí, Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Alagoas, Sergipe, Rio Grande do Norte e Minas Gerais. Os dois primeiros desmataram sozinhos a metade do índice registrado em todos os estados. Em terceiro e quarto lugar estão o Piauí e Pernambuco. Já o estado de Alagoas, por exemplo, possui atualmente apenas 10.673 km² dos 13.000 km² de área de caatinga originais.

Os municípios que mais desmataram foram Acopiara(CE),Tauá (CE), Bom Jesus da Lapa (BA), Campo Formoso(BA), Boa Viagem (CE),Tucano (BA), Mucugê (BA) e Serra Talhada (PE) (confira as taxas por estado e municípios nos links abaixo).

O padrão de desmatamento observado no bioma é pulverizado, o que dificulta as ações de combate à prática. De acordo com Luciano Menezes, diretor de Proteção Ambiental do Ibama, o monitoramento é muito importante para a elaboração de um plano de combate ao desmatamento e de mitigação dos efeitos desta prática. Por isso, será lançado em 28 de abril o Plano de Combate ao Desmatamento na Caatinga (PPCaatinga), que no futuro deve ser incorporado ao Plano Brasileiro de Mudanças Climáticas.

Para amenizar os efeitos da desertificação no semi-árido brasileiro, amanhã (03/3) terá início em Petrolina(PE) e Juazeiro(BA) uma reunião que vai tratar do Plano de Combate à Desertificação no Nordeste. O evento terá a participação de todos os governadores e secretários de Meio Ambiente da região.

Ações de combate

Estudos revelam que o Nordeste pode perder um terço de sua economia até o final do século com os efeitos do aquecimento global e da desertificação. O ministro Minc revelou que foi feito um acordo com o governo do Piauí para a criação da maior unidade de conservação da Caatinga nas Serras Vermelha e da Confusão. A área terá cerca de 550 mil hectares. Além desta, a criação de novas unidades de conservação também é indicada como fator de proteção ao bioma.

A secretária de Biodiversidade e Florestas do MMA, Maria Cecília Wey de Brito, explica que a Caatinga tem apenas 7% de áreas protegidas, somando áreas estaduais e federais, sendo que 2% são de proteção integral e os outros 5% são de unidades de conservação de uso sustentável. Ela também aponta a importância da Caatinga como habitat de espécies endêmicas (que só ocorrem em uma determinada região) em extinção, como a arara-azul-de lear, além de lagartos, anfíbios e pequenos roedores.

Metodologia

O monitoramento foi feito por 25 técnicos contratados pelo PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) e por analistas ambientais do MMA e Ibama, que utilizaram como referência o mapa de cobertura vegetal do MMA/Probio(programa de levantamento da cobertura vegetal do Brasil que detectou as áreas de vegetação nativa e antropizadas até o ano de 2002), bem como imagens de satélite.

Também foi realizado um fórum técnico científico para discutir os dados finais com especialistas em mapeamento da caatinga.O detalhamento do mapa base do Probio em 2002 tinha uma escala de 1:250.000. Já o utilizado neste levantamento teve uma escala de 1:50.000. A precisão na identificação dos desmatamentos foi de 98,4%.


De acordo com o ministro Minc, o MMA pretende realizar o mapeamento e monitoramento dos cinco biomas brasileiros (Cerrado, Caatinga, Pantanal, Pampa e Mata Atlântica) até o final do ano.



Para mais informações, acesse os portais de acesso aos dados:

http://www.mma.gov.br/portalbio

http://www.ibama.gov.br/csr

segunda-feira, 1 de março de 2010

A voz da população chega às Ondas do São Francisco

Por: Paulenir Constâncio

Moradores de cinco municípios da bacia do Rio São Francisco vão produzir e veicular seus próprios programas de rádio sobre preservação ambiental em suas regiões. O projeto "Nas Ondas do São Francisco", do Ministério do Meio Ambiente, vai formar 200 moradores em toda a bacia para darem voz à revitalização do Velho Chico.

As oficinas começam em 1° de março e vão abordar temas relacionados à educação ambiental e à revitalização de bacias, em quatro turmas. Além de profissionais de várias rádios da região, participam do curso lideranças comunitárias, membros de comitês de bacias e servidores municipais e estaduais ligados ao meio ambiente.

As oficinais de produção, que acontecem em abril, fazem parte de uma Campanha Educativa promovida pelo Departamento de Educação Ambiental da Secretaria Nacional de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do MMA. A ideia é estimular as comunidades locais para que participem nos processos de desenvolvimento, levando em consideração suas relações com os seus rios e com sua bacia hidrográfica.

Arcos (MG), Barreiras (BA), Afogado da Ingazeira (PE), Propriá (SE) e Pirapora (MG) foram os municípios selecionados para as oficinas. Foram contempladas as quatro regiões fisiográficas do Alto, Médio, Sub-médio e Baixo São Francisco. Em todas elas, o processo de revitalização do São Francisco já teve inicio.

O Projeto "Nas Ondas do São Francisco" foi lançado em dezembro de 2009 para levar cidadania ambiental às comunidades envolvidas no programa de revitalização. Emissoras comerciais e comunitárias fazem parte de uma rede de rádio formada para informar e levar educação ambiental à população que vive e trabalha na bacia do Rio São Francisco.

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

RELAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA COM O PLANETA – O SEMIÁRIDO E SUAS GENTES

A nossa querida “Gaia” vem sofrendo modificações ao longo do tempo. O homem sem dúvida nenhuma é o autor principal dessas modificações, através de sua ganância, evolução, vaidade e egoísmo. Estamos diante de um cenário preocupante, desaparecimento de espécies, de rios, de culturas; aparecimento de desgraças, fome catástrofes e guerras. De quem é a culpa? É nossa.
O homem vem evoluindo com uma visão antropocêntrica, onde ele se sente o dono do universo e não parte dele, isso se dissipou há séculos, através da autoritária Igreja, que até os tempos de hoje monopoliza o pensamento dos seus seguidores, esquecem que Deus também faz parte do meio, que a então busca pela felicidade, essa que motiva os homens a destruírem nosso planeta, cada vez mais atrás de recursos para se satisfazerem. Esquecem que a felicidade está no próprio indivíduo e na natureza.
A busca pelos valores materiais, onde o rico fica mais rico e o pobre fica mais pobre, vem sendo “esfregada” em nossos olhos todos os dias, no jornal, na televisão, no rádio, no vizinho, dentro de nossas casas. Não há lugar mais belo do que nossa caatinga, e vejo que está ameaçada em favor do progresso.
O homem sertanejo é um lutador incansável, que aprendeu com seus pais, que aprendeu com seus avôs a lidar com as terras do sertão. Conhecimentos e culturas incomparáveis, ricas em saberes populares.
A alma da caatinga está inserida em seus sertanejos, em seus indígenas, enfim em sua gente. Bioma único no planeta, com espécies endêmicas, aquelas que só poderiam existir aqui mesmo, como a arara azul de lear, símbolo da nossa beleza. Ecossistema com espécies de plantas e animais que ainda nem temos conhecimento, pessoas que tem aqui a sua identidade e sua felicidade.
O então “progresso” vem chegando pelas bandas de cá, a agricultura vem derrubando nossas matas, desertificando, ta tudo virando pasto, em vez de pessoas, o boi, o senhor do sertão. Queimadas destruindo a biodiversidade, o solo, queimadas estas que muitas vezes são originadas pelo aquecimento da terra. A caça predatória, por simples diversão ou por dinheiro, o tráfico de animais do semiárido. Essas questões são de extrema importância que devem ser discutidas e combatidas.
Além da nossa fauna e flora, nós temos a maior preciosidade do nosso país, o nosso “Tio Chico”, o velho rio que encanta com sua beleza e imponência. Rio da Integração Nacional, berço e identidade de milhares de pessoas, rio que abriga histórias, culturas, lendas e antepassados, rio que vem sendo “arrancado” de nossos braços.
A água se tornou o maior motivo para a guerra, as pessoas brigam por ela, o então projeto de transposição é o espelho dessa questão, mudar o curso natural do rio para beneficiar uma minoria de pessoas, já basta o represamento através das usinas hidroelétricas, que destruíram cidades, fauna, flora e pessoas.
Cadê o projeto de revitalização do nosso rio? Ninguém lá no poder toca mais no assunto, enquanto isso em Brasília, malas, cuecas e meias estão prontas para partir.
Não podemos fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo, nós que somos conhecedores do assunto temos que esclarecer a população, temos que criar tecnologias mais limpas, lutar por melhores políticos e o principal de tudo, temos que educar nossas crianças. Implantar uma nova forma de pensamento, o pensamento ambiental, social e político. Acredito que através da educação possamos viver melhor, em um planeta mais limpo, sustentável e que possamos entender o verdadeiro significado da felicidade. Temos ainda muito o que aprender e lutar, afinal como diria Leonardo Boff: “ O universo inteiro é vida e está grávido de vida”.
Luana Selene Alves Pereira

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CARNAVAL INSUSTENTÁVEL

A maior festa coletiva do Brasil, o carnaval, é insustentável do ponto de vista ambiental, além de deficitária na área econômica. Essa é conclusão de um estudo realizado pelo Sebrae com escolas do grupo de acesso do Rio de Janeiro. Segundo o levantamento da entidade, a preocupação ambiental ainda não foi incorporada nas ações dos grupos, o que resulta no desperdício de materiais, no uso de produtos de difícil reciclagem, como o isopor, e nos de alta toxidade, como algumas tintas.

Segundo Heliana Marinho, gerente da Área Econômica Criativa do Sebrae, não existem levantamentos de quantas toneladas de produtos – entre fantasias, adereços e componentes de carros alegóricos – vão para o lixo, o que é mais um reflexo da falta de gestão, mas sabe-se que esse número não é pequeno. Uma escola do grupo de acesso, por exemplo, gasta entre 3 e 6 milhões de reais para colocar a escola na avenida. Cerca de 80% de todo esse valor é destinado à compra de insumos, o que representa um montante entre 2,4 e 4,8 milhões. No final, também cerca de 80% de todo esse material vai diretamente para o lixo comum após os desfiles.


Vila Isabel é única escola do grupo de acesso do Rio que pensa no meio ambiente, diz Sebrae. Escola durante desfile em dezembro 2009 Foto: Divulgação
Em outras palavras, todos os anos, as escolas do grupo de acesso do Rio de Janeiro jogam literalmente no lixo entre 1,92 e 3,84 milhões de reais. Péssimo para o bolso e para o meio ambiente. “Quando acabam os desfiles, começa o problema. A grande maioria dos materiais [utilizados] não permite desmonte, vão direto para o lixo, e as escolas não sabem estocar. Não precisa ser especialista para ver a quantidade de lixo que é gerada”, disse Heliana, em entrevista a O Eco. Segundo ela, a única escola que já começou a se preocupar com o assunto é a Vila Isabel.

Quando apenas o lado econômico é levado em conta, se sobressai novamente a falta de gestão: as contas não fecham. “O carnaval é muito intuitivo. Falta, primeiro, um grande trabalho de base”, diz Heliana. Para resolver o problema, o Sebrae desenvolve um trabalho com 40 escolas do grupo de acesso para tentar delinear planejamentos estratégicos. O objetivo é que, em 2011, o carnaval se torne uma festa um pouco melhor, do ponto de vista econômico e ambiental.
Fonte: O eco

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MEIO MILHÃO DE PEIXES NATIVOS REPOVOA O VELHO CHICO

Uma multidão formada por moradores e turistas prestigiou, no último domingo (7/2), o povoamento do rio São Francisco, realizado pela 5ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com meio milhão de peixes juvenis de espécies nativas, durante a tradicional Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Piaçabuçu, município localizado na foz do “Velho Chico” em Alagoas. Em aproximadamente oito meses, os peixes já estarão prontos para pesca.

O peixamento ocorre todos os anos na Festa de Bom Jesus dos Navegantes a partir da parceria da Codevasf com a Prefeitura de Piaçabuçu. “Essa ação já é uma tradição nesta festa popular, que tem beneficiado especialmente o pescador que retira sua renda do Rio São Francisco. Nossa parceria com a Codevasf sempre foi forte e está cada vez mais trazendo resultados para os piaçabuçuenses”, afirmou o prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Santana Júnior, durante o evento.

Para o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, o povoamento do rio São Francisco, além de beneficiar os pescadores artesanais, também traz resultados positivos para o conjunto da população. “Os peixamentos ampliam a vida no rio. A partir do momento em que diversificamos as espécies com diferentes graus de desenvolvimento, estamos agindo para buscar um melhor equilíbrio ambiental neste importante ecossistema. Além disso, a participação da população torna essas ações uma atividade de educação ambiental importantíssima, já que aproxima as pessoas do rio ”, explicou. Antônio Nélson ainda reforçou o trabalho em parceria da Codevasf com a Prefeitura de Piaçabuçu, a exemplo dos peixamentos realizados em açudes públicos e comunitários localizados na zona rural do município.

Os peixes juvenis foram liberados em dois pontos situados às margens do rio São Francisco em Piaçabuçu. O primeiro povoamento ocorreu próximo ao ponto das balsas e o segundo foi realizado próximo à colônia de pescadores do município.

Fonte: Ascom/Codevasf

UM NOVO MAPA PARA OS PEIXES-BOI



Eles já foram caçados por causa do couro resistente e da ossatura robusta e, há mais de 30 anos, estão entre os mamíferos criticamente ameaçados de extinção. Os peixes-boi marinhos são animais que gostam de águas rasas e quentes, de preferência no Nordeste. Atualmente vivem em uma faixa litorânea descontínua, que começa em Alagoas e vai até o Amapá – pelo menos é o que diz o último estudo, realizado em 1997.

Um novo levantamento quer atualizar essa realidade. Durante quatro dias – de 25 a 28 de janeiro – pesquisadores do Projeto Peixe-Boi iniciaram um mapeamento da distribuição desses mamíferos através de sobrevoos em ziguezague, de baixa altitude, bem lentos. A primeira etapa da pesquisa abarcou o litoral dos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

Os primeiros dados são animadores. Os pesquisadores avistaram 20 peixes-boi em todo o percurso. João Carlos antecipa que o número não pode ser lido como a população de indivíduos da região. Este dado só será obtido depois de definido o modelo estatístico e trabalhadas as informações coletadas de acordo com a metodologia. A partir daí, os pesquisadores vão extrapolar os números de animais observados para as áreas não abrangidas pelos voos a bordo do Cessna 172.

O mapeamento por avistagem consite em traçar um plano de voo em ziguezague na região onde o animal costuma habitar. O avião fica a 500 pés de altitude e voa a 120km/h – o mínimo permitido pela autoridades aeronáuticas. Dois observadores se posicionam em cada um dos lados do monomotor. Uma câmera na barriga da aeronave grava o que os olhos veem.

Reportagem completa: http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/23397-um-novo-mapa-para-os-peixes-boi


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CONSUMO DE ENERGIA BATE RECORDE

Segundo dados do Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), foram 70.654 megawatts por volta das 15h; na quarta feira, o número havia sido 70.421 MW.

Para evitar uma sobrecarga nas hidroelétricas, a Petrobras precisou acionar 70% das usinas termelétricas movidas a gás.

Em discurso durante a inauguração do gasoduto Cabiúnas-Reduc, na quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia reforçado a importância do gás natural na produção de energia elétrica.

“Queremos ter autossuficiência em gás, mas sempre estaremos de olho em garantir a energia da casa das pessoas. Não tem sentido um motorista de táxi andando com carro a gás e a mulher em casa, no escuro”, disse Lula.

Com 179 quilômetros de extensão, de Macaé ao Rio de Janeiro, o novo gasoduto transporta 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia e deve auxiliar o país a se tornar autossuficiente em gás natural. No entanto, segundo o presidente, mesmo que isso aconteça o Brasil não deixará de importar da Bolívia.

“Temos que ajudar a Bolívia, que é um país pobre. Não é porque a gente vai ter que vamos deixar de comprar. O papel de uma nação como o Brasil é ajudar países menores”, disse.

Atualmente, com o elevado consumo de energia, cerca de 40% do gás utilizado no país é boliviano.

A expectativa é a de que a média diária de consumo de energia em 2010 seja de 53 mil MW, um aumento quando comparado ao número de 2009: 50.643 MW. No entanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica afirma que não há motivo para preocupações: a capacidade geradora do país é de 106 mil MW, o dobro do consumo.

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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

RECURSOS PARA A CAATINGA!


O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou dia 14/01 a intenção de reivindicar até 50% dos recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.114/09) para aplicação em ações de proteção, projetos de desenvolvimento sustentável e programas de mitigação e adaptação para o Nordeste. Segundo o ministro a medida é justa porque o semi-árido será a região brasileira mais afetada pelo aquecimento global, podendo perder até um terço de sua economia. O fundo,sancionado pelo presidente Lula em dezembro do ano passado, será mantido principalmente com recursos provenientes dos lucros da extração do petróleo e deverá disponibilizar, por ano, cerca de 1 bilhão de reais.

Minc revelou também que a intenção é respaldada em decisão do presidente Lula, que teria recomendado um incremento nas ações de proteção e recuperação dos biomas caatinga e cerrado. Maiores detalhes dessa estratégia serão apresentados entre os dias 3 e 5 de março, em Petrolina/PE, quando o presidente da República se reunirá com ministros e governadores do Nordeste para o lançamento de um plano nacional em defesa da caatinga e do semi-árido.

Os anúncios do ministro foram feitos durante operação de fiscalização numa empresa calcinadora de gesso em Trindade, no sertão do Araripe pernambucano. Minc verificou os estoques de lenha nativa adquiridos de maneira ilegal, checou a documentação fraudada e, pessoalmente, lacrou o maquinário. A empresa foi embargada e recebeu multa de mais de R$ 60 mil. O proprietário foi detido e encaminhado para a delegacia de polícia do município. Ele deverá responder na justiça por crime ambiental e falsidade ideológica, podendo ser condenado a até 5 anos de prisão.

“A caatinga não pode virar carvão, nem o semi-árido pode virar deserto”, enfatizou o ministro para os repórteres que cobriam sua visita. Pouco depois, foi abordado pela advogada da empresa autuada, que quis justificar os atos de seu cliente. Sem se perturbar, o ministro fez a defesa das ações do Ibama e lembrou que 70% das empresas do polo gesseiro de Pernambuco já atuam dentro da legalidade. Para Minc, os 30% que ainda estão ilegais têm que ser punidos e recompor a caatinga que ajudaram a devastar, caso da empresa que ajudou a lacrar.

Ibama PE: fiscalização corrige o pólo gesseiro

Enquanto o ministro Minc participava da fiscalização na calcinadora de Trindade, outras seis empresas do pólo gesseiro eram embargadas pelo Ibama. Os motivos foram semelhantes: falta de licenciamento ambiental, uso de madeira nativa sem origem legal, tentativas de fraudar documentação. Cada uma será multada, em média, em R$ 50 mil.

Não foi falta de aviso. Desde 2008 o Ibama vem fazendo uma espécie de “operação pente fino” nas empresas produtoras de gesso, que são cerca de 140. Para funcionar,elas devem ter licença ambiental (fornecida pelos órgãos estaduais), cadastro técnico federal e adquirir madeira somente de planos de manejo, de espécies exóticas ou frutíferas. A maior parte delas, como frisou o ministro Minc, se adequou. As que continuaram insistindo no erro, estão sendo fechadas.

Os resultado têm sido bons. “De 2008 até hoje evitamos o desmatamento de cerca de 10 mil hectares de caatinga”, esclarece o chefe da fiscalização do Ibama em Pernambuco, Leslie Tavares. Antes das fiscalizações, apenas 3% da lenha consumida provinha de planos de manejo; hoje já são 15%.

O polo gesseiro pernambucano é responsável por 95% do gesso produzido no Brasil. O produto, extraído pelo aquecimento do mineral gipsita em fornos alimentados com lenha, tem ampla utilização na construção civil devido à sua plasticidade e capacidade de isolamento térmico e acústico. A atividade tem grande importância na geração de empregos e na manutenção da economia do sertão de Pernambuco.

Airton De Grande
Ascom Ibama/PE

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

SANANDA: POP-ROCK ECO CONSCIENTE

té recebermos o material da banda Sananda mal podíamos imaginar que existiria um som com uma mensagem ecológica interessante, direta e de qualidade, mas sim, isso existe.

A Sananda é uma banda que traz uma proposta inovadora e sustentável, por isso, seus integrantes batizaram seu estilo de “pop-rock consciente”. Utilizando a arte, o grupo leva a mensagem de preservação do meio ambiente em cada show, por meio das canções próprias “Tá Ficando Quente” e “Terra Mãe”.

Sananda significa “aquele que luta pelas causas justas”. Segundo a vocalista, Walkíria Panicali, o grupo tem no nome um símbolo de proteção e idealismo. O lema da banda é a luta contra o aquecimento global. Em todos os shows os integrantes fazem questão de levantar a bandeira de um mundo mais sustentável.

Em apenas três anos de estrada, desde sua formação, já realizou mais de 400 shows para mais de 35 mil pessoas, em diversos locais como Cacilda Becker, Transa Pop Verão, Araraquara Rock, Festival de Inverno de Peruíbe, Festa das Flores de Peruíbe, Parque Trianon (Movimento I Care – Eu me Importo), Parque do Ibirapuera (A Hora do Planeta), entre outros. Além disso, o grupo já tocou ao lado de vários artistas como Sérgio Sá e Léo Maia.

Tá Ficando Quente

O primeiro CD da banda se chama” Ta Ficando Quente”. A música é um alerta sobre o que está acontecendo no mundo e os prejuízos do aquecimento global. O projeto do disco foi entregue nas mãos do produtor musical Sérgio Sá, reconhecido internacionalmente, que agregou sua experiência e bagagem de mais de 300 músicas gravadas às canções de Sananda dando um toque especial ao disco.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

MENSAGEM AOS IRMÃOS VERDES

Bruno Pontes | 03 Janeiro 2010

Fiquem à vontade, manipuladores. Espalhem caminhões de neve pelo mundo inteiro. Os verdadeiros amigos do planeta não vão cair nessa.

Ainda desgostoso com o desfecho da conferência em Copenhague, dedico aos meus irmãos eco-socialistas uma mensagem de incentivo. É verdade que levamos um golpe, mas a luta continua (como se fosse preciso lembrar). Construir o outro mundo possível, onde o ser vem antes do ter, requer esforços diários no sentido de conscientizar as massas.
A lógica do capital não compreende a importância do planeta para a dignidade da pessoa humana. Se a Terra desaparecer, onde vamos morar? É desnecessário insistir neste ponto. O que deve ser denunciado com vigor por nós, os verdes, é a cínica operação desencadeada pelo capital, logo após o encerramento da reunião em Copenhague, no intuito de iludir o público leigo. Quer dizer então que a Europa e os Estados Unidos estão debaixo de neve? Ao mesmo tempo? Que coincidência. ..

Acompanhem meu raciocínio. Não parece um tantinho estranho o fenômeno das nevascas, não apenas em um, mas em dois continentes e ao mesmo tempo? Essas tempestades de gelo surgem exatamente agora, quando nós todos sabemos que o aquecimento global é inequívoco e irreversível? Acham mesmo que somos ingênuos?

Vê-se que a manobra foi executada com esmero. Notem a sincronia. No momento em que a humanidade precisa ajustar sua organização política e econômica, seu modo de pensar e agir; no momento em que Gaia pede sacrifícios, incluindo o abate de cachorros, gatos, vacas, homens, mulheres, crianças e outros emissores de gases tóxicos - justo neste momento, a neve pesada cai em dois continentes, e a televisão se enche de paisagens congeladas. A quem o capital pretende enganar com seus truques publicitários? Fiquem à vontade, manipuladores. Espalhem caminhões de neve pelo mundo inteiro. Os verdadeiros amigos do planeta não vão cair nessa.

Infelizmente, não podemos ignorar o feitiço da mídia sobre as mentes mais fracas. Já encontro por aí alguns sujeitos duvidando do aquecimento global inequívoco, mencionando, a título de argumento, as tais nevascas batedoras de recordes. Acham até que o mundo não vai acabar. Esses obtusos, sem o perceber, já caíram no jogo dos inimigos de Gaia.

Portanto, fique atento, irmão verde. Como diz Al Gore, "o planeta está com febre". Não seja tolo a ponto de acreditar no que você vê. Alienação tem limite. Se vierem para você com história de nevasca, mostre ao impertinente os estudos mais recentes da ONU e as matérias do Fantástico. Não temos tempo a perder com gente de cabeça fechada. Só o que interessa é agir, agir e nada mais.

Publicado no jornal O Estado.