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quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

RELAÇÃO DA ESPÉCIE HUMANA COM O PLANETA – O SEMIÁRIDO E SUAS GENTES

A nossa querida “Gaia” vem sofrendo modificações ao longo do tempo. O homem sem dúvida nenhuma é o autor principal dessas modificações, através de sua ganância, evolução, vaidade e egoísmo. Estamos diante de um cenário preocupante, desaparecimento de espécies, de rios, de culturas; aparecimento de desgraças, fome catástrofes e guerras. De quem é a culpa? É nossa.
O homem vem evoluindo com uma visão antropocêntrica, onde ele se sente o dono do universo e não parte dele, isso se dissipou há séculos, através da autoritária Igreja, que até os tempos de hoje monopoliza o pensamento dos seus seguidores, esquecem que Deus também faz parte do meio, que a então busca pela felicidade, essa que motiva os homens a destruírem nosso planeta, cada vez mais atrás de recursos para se satisfazerem. Esquecem que a felicidade está no próprio indivíduo e na natureza.
A busca pelos valores materiais, onde o rico fica mais rico e o pobre fica mais pobre, vem sendo “esfregada” em nossos olhos todos os dias, no jornal, na televisão, no rádio, no vizinho, dentro de nossas casas. Não há lugar mais belo do que nossa caatinga, e vejo que está ameaçada em favor do progresso.
O homem sertanejo é um lutador incansável, que aprendeu com seus pais, que aprendeu com seus avôs a lidar com as terras do sertão. Conhecimentos e culturas incomparáveis, ricas em saberes populares.
A alma da caatinga está inserida em seus sertanejos, em seus indígenas, enfim em sua gente. Bioma único no planeta, com espécies endêmicas, aquelas que só poderiam existir aqui mesmo, como a arara azul de lear, símbolo da nossa beleza. Ecossistema com espécies de plantas e animais que ainda nem temos conhecimento, pessoas que tem aqui a sua identidade e sua felicidade.
O então “progresso” vem chegando pelas bandas de cá, a agricultura vem derrubando nossas matas, desertificando, ta tudo virando pasto, em vez de pessoas, o boi, o senhor do sertão. Queimadas destruindo a biodiversidade, o solo, queimadas estas que muitas vezes são originadas pelo aquecimento da terra. A caça predatória, por simples diversão ou por dinheiro, o tráfico de animais do semiárido. Essas questões são de extrema importância que devem ser discutidas e combatidas.
Além da nossa fauna e flora, nós temos a maior preciosidade do nosso país, o nosso “Tio Chico”, o velho rio que encanta com sua beleza e imponência. Rio da Integração Nacional, berço e identidade de milhares de pessoas, rio que abriga histórias, culturas, lendas e antepassados, rio que vem sendo “arrancado” de nossos braços.
A água se tornou o maior motivo para a guerra, as pessoas brigam por ela, o então projeto de transposição é o espelho dessa questão, mudar o curso natural do rio para beneficiar uma minoria de pessoas, já basta o represamento através das usinas hidroelétricas, que destruíram cidades, fauna, flora e pessoas.
Cadê o projeto de revitalização do nosso rio? Ninguém lá no poder toca mais no assunto, enquanto isso em Brasília, malas, cuecas e meias estão prontas para partir.
Não podemos fechar os olhos e fingir que nada está acontecendo, nós que somos conhecedores do assunto temos que esclarecer a população, temos que criar tecnologias mais limpas, lutar por melhores políticos e o principal de tudo, temos que educar nossas crianças. Implantar uma nova forma de pensamento, o pensamento ambiental, social e político. Acredito que através da educação possamos viver melhor, em um planeta mais limpo, sustentável e que possamos entender o verdadeiro significado da felicidade. Temos ainda muito o que aprender e lutar, afinal como diria Leonardo Boff: “ O universo inteiro é vida e está grávido de vida”.
Luana Selene Alves Pereira

terça-feira, 16 de fevereiro de 2010

CARNAVAL INSUSTENTÁVEL

A maior festa coletiva do Brasil, o carnaval, é insustentável do ponto de vista ambiental, além de deficitária na área econômica. Essa é conclusão de um estudo realizado pelo Sebrae com escolas do grupo de acesso do Rio de Janeiro. Segundo o levantamento da entidade, a preocupação ambiental ainda não foi incorporada nas ações dos grupos, o que resulta no desperdício de materiais, no uso de produtos de difícil reciclagem, como o isopor, e nos de alta toxidade, como algumas tintas.

Segundo Heliana Marinho, gerente da Área Econômica Criativa do Sebrae, não existem levantamentos de quantas toneladas de produtos – entre fantasias, adereços e componentes de carros alegóricos – vão para o lixo, o que é mais um reflexo da falta de gestão, mas sabe-se que esse número não é pequeno. Uma escola do grupo de acesso, por exemplo, gasta entre 3 e 6 milhões de reais para colocar a escola na avenida. Cerca de 80% de todo esse valor é destinado à compra de insumos, o que representa um montante entre 2,4 e 4,8 milhões. No final, também cerca de 80% de todo esse material vai diretamente para o lixo comum após os desfiles.


Vila Isabel é única escola do grupo de acesso do Rio que pensa no meio ambiente, diz Sebrae. Escola durante desfile em dezembro 2009 Foto: Divulgação
Em outras palavras, todos os anos, as escolas do grupo de acesso do Rio de Janeiro jogam literalmente no lixo entre 1,92 e 3,84 milhões de reais. Péssimo para o bolso e para o meio ambiente. “Quando acabam os desfiles, começa o problema. A grande maioria dos materiais [utilizados] não permite desmonte, vão direto para o lixo, e as escolas não sabem estocar. Não precisa ser especialista para ver a quantidade de lixo que é gerada”, disse Heliana, em entrevista a O Eco. Segundo ela, a única escola que já começou a se preocupar com o assunto é a Vila Isabel.

Quando apenas o lado econômico é levado em conta, se sobressai novamente a falta de gestão: as contas não fecham. “O carnaval é muito intuitivo. Falta, primeiro, um grande trabalho de base”, diz Heliana. Para resolver o problema, o Sebrae desenvolve um trabalho com 40 escolas do grupo de acesso para tentar delinear planejamentos estratégicos. O objetivo é que, em 2011, o carnaval se torne uma festa um pouco melhor, do ponto de vista econômico e ambiental.
Fonte: O eco

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

MEIO MILHÃO DE PEIXES NATIVOS REPOVOA O VELHO CHICO

Uma multidão formada por moradores e turistas prestigiou, no último domingo (7/2), o povoamento do rio São Francisco, realizado pela 5ª Superintendência Regional da Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf), com meio milhão de peixes juvenis de espécies nativas, durante a tradicional Festa de Bom Jesus dos Navegantes de Piaçabuçu, município localizado na foz do “Velho Chico” em Alagoas. Em aproximadamente oito meses, os peixes já estarão prontos para pesca.

O peixamento ocorre todos os anos na Festa de Bom Jesus dos Navegantes a partir da parceria da Codevasf com a Prefeitura de Piaçabuçu. “Essa ação já é uma tradição nesta festa popular, que tem beneficiado especialmente o pescador que retira sua renda do Rio São Francisco. Nossa parceria com a Codevasf sempre foi forte e está cada vez mais trazendo resultados para os piaçabuçuenses”, afirmou o prefeito de Piaçabuçu, Dalmo Santana Júnior, durante o evento.

Para o superintendente regional da Codevasf em Alagoas, Antônio Nélson de Azevedo, o povoamento do rio São Francisco, além de beneficiar os pescadores artesanais, também traz resultados positivos para o conjunto da população. “Os peixamentos ampliam a vida no rio. A partir do momento em que diversificamos as espécies com diferentes graus de desenvolvimento, estamos agindo para buscar um melhor equilíbrio ambiental neste importante ecossistema. Além disso, a participação da população torna essas ações uma atividade de educação ambiental importantíssima, já que aproxima as pessoas do rio ”, explicou. Antônio Nélson ainda reforçou o trabalho em parceria da Codevasf com a Prefeitura de Piaçabuçu, a exemplo dos peixamentos realizados em açudes públicos e comunitários localizados na zona rural do município.

Os peixes juvenis foram liberados em dois pontos situados às margens do rio São Francisco em Piaçabuçu. O primeiro povoamento ocorreu próximo ao ponto das balsas e o segundo foi realizado próximo à colônia de pescadores do município.

Fonte: Ascom/Codevasf

UM NOVO MAPA PARA OS PEIXES-BOI



Eles já foram caçados por causa do couro resistente e da ossatura robusta e, há mais de 30 anos, estão entre os mamíferos criticamente ameaçados de extinção. Os peixes-boi marinhos são animais que gostam de águas rasas e quentes, de preferência no Nordeste. Atualmente vivem em uma faixa litorânea descontínua, que começa em Alagoas e vai até o Amapá – pelo menos é o que diz o último estudo, realizado em 1997.

Um novo levantamento quer atualizar essa realidade. Durante quatro dias – de 25 a 28 de janeiro – pesquisadores do Projeto Peixe-Boi iniciaram um mapeamento da distribuição desses mamíferos através de sobrevoos em ziguezague, de baixa altitude, bem lentos. A primeira etapa da pesquisa abarcou o litoral dos estados de Alagoas, Pernambuco e Paraíba.

Os primeiros dados são animadores. Os pesquisadores avistaram 20 peixes-boi em todo o percurso. João Carlos antecipa que o número não pode ser lido como a população de indivíduos da região. Este dado só será obtido depois de definido o modelo estatístico e trabalhadas as informações coletadas de acordo com a metodologia. A partir daí, os pesquisadores vão extrapolar os números de animais observados para as áreas não abrangidas pelos voos a bordo do Cessna 172.

O mapeamento por avistagem consite em traçar um plano de voo em ziguezague na região onde o animal costuma habitar. O avião fica a 500 pés de altitude e voa a 120km/h – o mínimo permitido pela autoridades aeronáuticas. Dois observadores se posicionam em cada um dos lados do monomotor. Uma câmera na barriga da aeronave grava o que os olhos veem.

Reportagem completa: http://www.oeco.com.br/reportagens/37-reportagens/23397-um-novo-mapa-para-os-peixes-boi


segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

CONSUMO DE ENERGIA BATE RECORDE

Segundo dados do Operador Nacional de Sistema Elétrico (ONS), foram 70.654 megawatts por volta das 15h; na quarta feira, o número havia sido 70.421 MW.

Para evitar uma sobrecarga nas hidroelétricas, a Petrobras precisou acionar 70% das usinas termelétricas movidas a gás.

Em discurso durante a inauguração do gasoduto Cabiúnas-Reduc, na quarta, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já havia reforçado a importância do gás natural na produção de energia elétrica.

“Queremos ter autossuficiência em gás, mas sempre estaremos de olho em garantir a energia da casa das pessoas. Não tem sentido um motorista de táxi andando com carro a gás e a mulher em casa, no escuro”, disse Lula.

Com 179 quilômetros de extensão, de Macaé ao Rio de Janeiro, o novo gasoduto transporta 40 milhões de metros cúbicos de gás por dia e deve auxiliar o país a se tornar autossuficiente em gás natural. No entanto, segundo o presidente, mesmo que isso aconteça o Brasil não deixará de importar da Bolívia.

“Temos que ajudar a Bolívia, que é um país pobre. Não é porque a gente vai ter que vamos deixar de comprar. O papel de uma nação como o Brasil é ajudar países menores”, disse.

Atualmente, com o elevado consumo de energia, cerca de 40% do gás utilizado no país é boliviano.

A expectativa é a de que a média diária de consumo de energia em 2010 seja de 53 mil MW, um aumento quando comparado ao número de 2009: 50.643 MW. No entanto, a Agência Nacional de Energia Elétrica afirma que não há motivo para preocupações: a capacidade geradora do país é de 106 mil MW, o dobro do consumo.

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