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segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

RECURSOS PARA A CAATINGA!


O Ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou dia 14/01 a intenção de reivindicar até 50% dos recursos do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Lei 12.114/09) para aplicação em ações de proteção, projetos de desenvolvimento sustentável e programas de mitigação e adaptação para o Nordeste. Segundo o ministro a medida é justa porque o semi-árido será a região brasileira mais afetada pelo aquecimento global, podendo perder até um terço de sua economia. O fundo,sancionado pelo presidente Lula em dezembro do ano passado, será mantido principalmente com recursos provenientes dos lucros da extração do petróleo e deverá disponibilizar, por ano, cerca de 1 bilhão de reais.

Minc revelou também que a intenção é respaldada em decisão do presidente Lula, que teria recomendado um incremento nas ações de proteção e recuperação dos biomas caatinga e cerrado. Maiores detalhes dessa estratégia serão apresentados entre os dias 3 e 5 de março, em Petrolina/PE, quando o presidente da República se reunirá com ministros e governadores do Nordeste para o lançamento de um plano nacional em defesa da caatinga e do semi-árido.

Os anúncios do ministro foram feitos durante operação de fiscalização numa empresa calcinadora de gesso em Trindade, no sertão do Araripe pernambucano. Minc verificou os estoques de lenha nativa adquiridos de maneira ilegal, checou a documentação fraudada e, pessoalmente, lacrou o maquinário. A empresa foi embargada e recebeu multa de mais de R$ 60 mil. O proprietário foi detido e encaminhado para a delegacia de polícia do município. Ele deverá responder na justiça por crime ambiental e falsidade ideológica, podendo ser condenado a até 5 anos de prisão.

“A caatinga não pode virar carvão, nem o semi-árido pode virar deserto”, enfatizou o ministro para os repórteres que cobriam sua visita. Pouco depois, foi abordado pela advogada da empresa autuada, que quis justificar os atos de seu cliente. Sem se perturbar, o ministro fez a defesa das ações do Ibama e lembrou que 70% das empresas do polo gesseiro de Pernambuco já atuam dentro da legalidade. Para Minc, os 30% que ainda estão ilegais têm que ser punidos e recompor a caatinga que ajudaram a devastar, caso da empresa que ajudou a lacrar.

Ibama PE: fiscalização corrige o pólo gesseiro

Enquanto o ministro Minc participava da fiscalização na calcinadora de Trindade, outras seis empresas do pólo gesseiro eram embargadas pelo Ibama. Os motivos foram semelhantes: falta de licenciamento ambiental, uso de madeira nativa sem origem legal, tentativas de fraudar documentação. Cada uma será multada, em média, em R$ 50 mil.

Não foi falta de aviso. Desde 2008 o Ibama vem fazendo uma espécie de “operação pente fino” nas empresas produtoras de gesso, que são cerca de 140. Para funcionar,elas devem ter licença ambiental (fornecida pelos órgãos estaduais), cadastro técnico federal e adquirir madeira somente de planos de manejo, de espécies exóticas ou frutíferas. A maior parte delas, como frisou o ministro Minc, se adequou. As que continuaram insistindo no erro, estão sendo fechadas.

Os resultado têm sido bons. “De 2008 até hoje evitamos o desmatamento de cerca de 10 mil hectares de caatinga”, esclarece o chefe da fiscalização do Ibama em Pernambuco, Leslie Tavares. Antes das fiscalizações, apenas 3% da lenha consumida provinha de planos de manejo; hoje já são 15%.

O polo gesseiro pernambucano é responsável por 95% do gesso produzido no Brasil. O produto, extraído pelo aquecimento do mineral gipsita em fornos alimentados com lenha, tem ampla utilização na construção civil devido à sua plasticidade e capacidade de isolamento térmico e acústico. A atividade tem grande importância na geração de empregos e na manutenção da economia do sertão de Pernambuco.

Airton De Grande
Ascom Ibama/PE

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

SANANDA: POP-ROCK ECO CONSCIENTE

té recebermos o material da banda Sananda mal podíamos imaginar que existiria um som com uma mensagem ecológica interessante, direta e de qualidade, mas sim, isso existe.

A Sananda é uma banda que traz uma proposta inovadora e sustentável, por isso, seus integrantes batizaram seu estilo de “pop-rock consciente”. Utilizando a arte, o grupo leva a mensagem de preservação do meio ambiente em cada show, por meio das canções próprias “Tá Ficando Quente” e “Terra Mãe”.

Sananda significa “aquele que luta pelas causas justas”. Segundo a vocalista, Walkíria Panicali, o grupo tem no nome um símbolo de proteção e idealismo. O lema da banda é a luta contra o aquecimento global. Em todos os shows os integrantes fazem questão de levantar a bandeira de um mundo mais sustentável.

Em apenas três anos de estrada, desde sua formação, já realizou mais de 400 shows para mais de 35 mil pessoas, em diversos locais como Cacilda Becker, Transa Pop Verão, Araraquara Rock, Festival de Inverno de Peruíbe, Festa das Flores de Peruíbe, Parque Trianon (Movimento I Care – Eu me Importo), Parque do Ibirapuera (A Hora do Planeta), entre outros. Além disso, o grupo já tocou ao lado de vários artistas como Sérgio Sá e Léo Maia.

Tá Ficando Quente

O primeiro CD da banda se chama” Ta Ficando Quente”. A música é um alerta sobre o que está acontecendo no mundo e os prejuízos do aquecimento global. O projeto do disco foi entregue nas mãos do produtor musical Sérgio Sá, reconhecido internacionalmente, que agregou sua experiência e bagagem de mais de 300 músicas gravadas às canções de Sananda dando um toque especial ao disco.


terça-feira, 5 de janeiro de 2010

MENSAGEM AOS IRMÃOS VERDES

Bruno Pontes | 03 Janeiro 2010

Fiquem à vontade, manipuladores. Espalhem caminhões de neve pelo mundo inteiro. Os verdadeiros amigos do planeta não vão cair nessa.

Ainda desgostoso com o desfecho da conferência em Copenhague, dedico aos meus irmãos eco-socialistas uma mensagem de incentivo. É verdade que levamos um golpe, mas a luta continua (como se fosse preciso lembrar). Construir o outro mundo possível, onde o ser vem antes do ter, requer esforços diários no sentido de conscientizar as massas.
A lógica do capital não compreende a importância do planeta para a dignidade da pessoa humana. Se a Terra desaparecer, onde vamos morar? É desnecessário insistir neste ponto. O que deve ser denunciado com vigor por nós, os verdes, é a cínica operação desencadeada pelo capital, logo após o encerramento da reunião em Copenhague, no intuito de iludir o público leigo. Quer dizer então que a Europa e os Estados Unidos estão debaixo de neve? Ao mesmo tempo? Que coincidência. ..

Acompanhem meu raciocínio. Não parece um tantinho estranho o fenômeno das nevascas, não apenas em um, mas em dois continentes e ao mesmo tempo? Essas tempestades de gelo surgem exatamente agora, quando nós todos sabemos que o aquecimento global é inequívoco e irreversível? Acham mesmo que somos ingênuos?

Vê-se que a manobra foi executada com esmero. Notem a sincronia. No momento em que a humanidade precisa ajustar sua organização política e econômica, seu modo de pensar e agir; no momento em que Gaia pede sacrifícios, incluindo o abate de cachorros, gatos, vacas, homens, mulheres, crianças e outros emissores de gases tóxicos - justo neste momento, a neve pesada cai em dois continentes, e a televisão se enche de paisagens congeladas. A quem o capital pretende enganar com seus truques publicitários? Fiquem à vontade, manipuladores. Espalhem caminhões de neve pelo mundo inteiro. Os verdadeiros amigos do planeta não vão cair nessa.

Infelizmente, não podemos ignorar o feitiço da mídia sobre as mentes mais fracas. Já encontro por aí alguns sujeitos duvidando do aquecimento global inequívoco, mencionando, a título de argumento, as tais nevascas batedoras de recordes. Acham até que o mundo não vai acabar. Esses obtusos, sem o perceber, já caíram no jogo dos inimigos de Gaia.

Portanto, fique atento, irmão verde. Como diz Al Gore, "o planeta está com febre". Não seja tolo a ponto de acreditar no que você vê. Alienação tem limite. Se vierem para você com história de nevasca, mostre ao impertinente os estudos mais recentes da ONU e as matérias do Fantástico. Não temos tempo a perder com gente de cabeça fechada. Só o que interessa é agir, agir e nada mais.

Publicado no jornal O Estado.